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31.5.02

Coleguinha, já ouviu falar do Conselho de Comunicação Social? A votação é na quarta-feira. Se for do interesse dos senhores senadores, naturalmente.

E vale lembrar: outro dia mesmo, nós perdemos pra Honduras.

Agora, por favor: Senegal não é a oitava maravilha do mundo futebolístico e nem a França será sempre tão débil quanto se mostrou hoje.

E o Senegal, hein?

30.5.02

Turtle technology.

Isto é o máximo! Ou talvez seja o mínimo?

Fritz Utzeri, no JB:

Como uma vela já no final do pavio, definhada, vacilante, apaga-se lentamente a vida de Mário Lago. Apaga-se cercado do carinho dos seus, família maravilhosa que soube criar e manter unida. Vai chegando ao fim uma vida que valeu a pena ser vivida em meio ao sofrimento físico que não merecia e à indiferença, a falta de sensibilidade, de quem muito lhe deve.

Mário Lago é um gigante e quando seus olhos se fecharem para sempre certamente não lhe faltarão homenagens, programas especiais na TV, pronunciamentos de autoridades. Merecia luto nacional. Mas converso com a família, vejo-o com tristeza em seu leito agonizante. Uma sombra. Escolheu morrer em casa. A forma humana de fazê-lo, mas que as famílias em geral recusam, por comodismo, egoísmo, preferindo colocar seus agonizantes em CTIs frios e impessoais, medicalizando a morte, escondendo-a e escondendo-se dela, transformando-a numa sucessão de atos frios e condenando o desenganado a um fim desumano, solitário, impessoal. Longe dos seus, abandonado. Os filhos de Mário Lago são de outra estirpe. Vejo Graça, sua filha, a acariciar o rosto do pai murmurando ''estou aqui, pai, nós te amamos''. Eles se revezam à cabeceira do moribundo. Quantos de nós faríamos o mesmo?

Mas a injustiça aflora terrível, perturba, contamina o momento que deveria ser de pura tristeza carinhosa, de comunhão de amor com aquele que está partindo. Ao mesmo tempo em que dá afeto e conforto, a família luta contra a indiferença e o absurdo. Mário Lago foi perseguido pela ditadura, esteve na primeira leva dos demitidos da Rádio Nacional e seu nome era vetado pelos esbirros do arbítrio.

Comeu o pão que o diabo amassou. Não havia mais comida em casa. Foi Dercy Gonçalves quem teve a coragem de lhe dar uma ponta num programa que tinha na TV, que o trouxe de volta. Preso várias vezes, já velho, ganhou o direito a aposentadoria ''especial''. Pouco mais de R$ 3 mil.

O INSS achou muito, exorbitante e reduziu-lhe a pensão. Mário Lago está tendo que devolver R$ 600 mensais pagos ''indevidamente''. A família recorreu e o caso se arrasta.

Mas não pára aí. Desde a doença e morte de sua companheira Zeli, ele tem se endividado com despesas médicas. Agora essas dívidas multiplicam-se e os planos de saúde regateiam o tempo todo. Ele precisa de quatro sessões de fisioterapia para continuar respirando? O plano só paga duas. O médico cobra a consulta domiciliar? O plano não cobre a totalidade. É preciso uma cânula? O plano não paga.

De despesa em despesa as dívidas crescem e a angústia de estar perdendo alguém muito querido é acrescida pela aflição – desnecessária e cruel – de ''correr atrás''. Se vivesse num país que reconhecesse seus grandes homens, Mário Lago não precisaria estar sofrendo como sofre. Imaginem agora como o país trata um João Ninguém qualquer(...).

28.5.02

Bella Trix: a blogueira bissexta volta a dar o ar da sua graça.


Starry, starry night...

É, hoje vou ficar devendo. Pôxa, gente, mosca também dorme!
Bons sonhos para todozzzzzz!

26.5.02

Navegar impreciso
Voando por aí, à toa, conheci um cantor e baixista chileno (mas que mora na terrinha de Tio Sam desde pequeno) chamado Gonzalo Silva. Caiu como uma luva nesses dias frios de outono carioca. Quer ouvir um pouquinho? Aqui, por favor. Sabe onde eu achei? Entre por aqui, sem fazer cerimônia. E, para terminar, o site do rapaz é este.

25.5.02

Agora, o que achei interessante mesmo foi que, após o editorial, vinha o seguinte texto:

"Para receber gratuitamente, por e-mail, uma análise crítica do controvertido Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), recém lançado pelo governo brasileiro, que promove o 'casamento' homossexual, o aborto, a adoção de crianças por parelhas do mesmo sexo e outras medidas do gênero, clique no seguinte link (...)"

Isso é o que eu chamo de reacionarismo em doses cavalares.

Hoje recebi um e-mail da agência Luso-Brasileira de Notícias reproduzindo um editorial do Informativo Operário da TFP (argh!) com críticas a determinado candidato a presidente (não, não era eu!). Você pediu pra receber alguma coisa? Pois é, nem eu. Então...

24.5.02

Voluntary Human Extinction Movement? Sabe, Serjones, às vezes eu sou francamente favorável.

23.5.02

Por acaso vocês também já receberam isto?

Dear Lord:
Every single evening
As I'm lying here in bed
This tiny little prayer
Keeps running through my head.
God bless all my family
Wherever they may be,
Keep them warm and safe from harm
For they're so close to me.
And God, there is one more thing
I wish that you could do.
Hope you don't mind me asking,
Bless my computer too.
Now I know that it's not normal
To bless a mother board,
But listen just a second
While I explain to you 'My Lord'.
You see, that little metal box
Holds more than odds & ends
Inside those small compartments
Rest so many of my friends.
I know so much about them
By the kindness that they give
And this little scrap of metal
Takes me in to where they live.
By faith is how I know them
Much the same as you
We share in what life brings us
And from that our friendship grew.
Please, take an extra minute
From your duties up above
To bless those in my address book
That's filled with so much love!
Wherever else this prayer may reach
To each and every friend,
Bless each e-mail Inbox
And the person who hits Send.
When you update your heavenly list
On your own CD-Rom
Remember each who've said this prayer
Sent up to God.com.
Amen.

21.5.02

No ar
"The pleasures of heaven are with me, and the pains of hell are with me" (Walt Whitman)

20.5.02

Ana, do Udigrudi, levanta uma questão em tudo emblemática da capacidade de um blog. O espaço que faltou à Elis para dar ainda mais voz a gente como a notável Meg é o que nos sobra. Sem falar no principal, que é a autonomia para publicar. E, ao final, a íntegra da entrevista é um saboroso apêndice com sabor de bastidores.

Complementares. Não excludentes.

Agora, por favor, Elis, convença o simpático André Teixeira a arrumar um tempinho na agenda para começar o dele. Fotografia também dá um bom blog, como nos mostra o Eutrapelias.

Faltou dizer, moça, que você também é blogueira. E das boas, viu? Obrigado e parabéns pela reportagem, que tá ótima – apesar de uma incômoda mosca.

Permitam-me fazer um copy/paste básico, aqui. É do ótimo editorial que o Alexandre Inagaki escreveu para o SpamZine desta semana. Fala sobre um tema que me é particularmente caro: as palavras.

O quê? Você não sabe o que é o SpamZine? Não seja por isso: clique djá!

Há palavras e expressões que perderam o sentido de tanto serem repetidas. Um exemplo: existe frase mais banalizada do que "eu te amo"? Oras, Roberto Carlos diz isso à bola antes de uma cobrança de falta; Schumacher, ao Rubinho, depois de uma marmelada ferrarista; Ozzy Osbourne, ao rock'n'roll, em cada episódio de seu reality-show; Jade, aos seus maridos e todos os personagens interpretados pelo Murilo Benício na novela das oito. Sábios eram os gregos, que possuíam quatro verbos para dizer amar: "erao", ligado estritamente ao amor erótico; "filéo", o amor de amizade, de querer bem ao outro, de gostar; "agapao", o amor ligado à satisfação de um desejo; e, finalmente, "stergo", o amor cujo impulso básico é a proteção do outro.

18.5.02

Fraulein Tanajura
Bundestag, bundesliga, bundeswein, bundespolitiken... francamente, será que esses alemães só pensam nisso?

16.5.02

– Pai, quem é que tá cantando?
– É o Tom Jobim.
– É "Luíza"?
– Não, essa é outra música. É "Lígia".
– Por que ele deu esse nome?
– Não sei, filha, tem que perguntar pra ele.
– Lá no Céu?
– É...
– Então, quando a gente morrer, a gente pergunta.

Hoje não dá, hoje não dá. Vou consertar a minha asa quebrada e descansar.
Descansar, é? Humpf! Tem é trabalho pra fazer...

Onde está Wally?

15.5.02

Há muito tempo o meu ego anda por aí de Audi e vai à Europa duas vezes por ano. Mas eu continuo sendo uma pobre mosca que não tem onde cair morta.

Atualizando em 22 de maio, para dar o devido crédito a quem merece: o autor chama-se Cidmar Moreth.

13.5.02

Contra "tudo isso que aí está", vote neste inseto!

12.5.02

Faz tempo que não acompanho a Fórmula 1. Nunca me entusiasmei muito com o automobilismo, mas o fato é que meu interesse começou a se desfazer quando Nélson Piquet saiu de cena. Ainda tivemos Senna, é verdade, mas eu já começava a me afastar (ele talvez fosse "politicamente correto" demais para o meu gosto).

Atualmente, nem adianta:
– Corrida? Quando? Hoje? Ahn...
– Fulano está onde? Na Sauber? Mas ele não era da... como era mesmo o nome? Lotus?!
– A Ferrari ganhou? Ah, tá...
– Vocês estão falando de quê? Da corrida? Ah... dá licença que eu vou jogar bocha e já volto.

Claro que eu leio os jornais, vejo os noticiários e fico sabendo o que se passa, mas nem cogito ficar duas horas em frente à TV para acompanhar volta a volta (a bem da verdade, ultimamente poucas coisas me fazem ficar horas em frente à TV).

Bem, isso tudo foi para chegar aqui: sim, é claro que eu soube que o nosso bravo Rubinho entregou de mão beijada a vitória ao não menos bravo alemão na reta da chegada, depois de liderar a prova toda. E, sim, eu sei que ele cumpria ordens dos patrões para isso. Schumacher – muito apropriadamente, no dia de hoje – deve considerar o colega brasileiro uma verdadeira mãe. Este, por sua vez, deve estar pensando que a vida lhe tem sido um tanto madrasta. E o povo que lá estava – e que demonstrou que alguém ainda é capaz de ter vergonha na cara (justiça seja feita: Schummy também) – certamente crê que os chefões da Ferrari são mesmo uns filhos da puta.

11.5.02

"Durante uns dias, a notícia foi das mais lidas da Internet. Citava a dona de uma casa de prostitutição em Perth, na Austrália, a explicar que alguns dias após a chegada de um porta-aviões americano à cidade teve de fechar as portas do seu estabelecimento. Razão? As suas funcionárias estavam a ser tão solicitadas que já não estavam a cumprir o serviço como deve ser. Apesar de muitos jornais do mundo terem publicado esta estória, acho que mais nenhum pediu desculpas públicas depois, como aconteceu com 'The Sun' do estado de Washington (EUA): 'We at The Sun used poor judgment in deciding to run The Associated Press story Saturday about Navy sailors and exhausted prostitutes in Australia', escreve o director. 'Considering the hurt it has caused among the Navy families that are our readers, we can't satisfactorily answer the question: What purpose did it serve?'."

Pescado no Ponto Media, ótimo blog do coleguinha português António Granado.

Em breve a expressão "eu gostaria de ser uma mosca para..." deixará de ter qualquer valor. Veja isto. Se quiser ir mais fundo, continue a leitura aqui. E se desejar ir além, veja o que fazem estes caras.

Por fim, entenda: Big Brother não é isto, mas outra coisa.

9.5.02

Um inseto pode olhar-se
de perto e sentir-se grande
Uma mosca pode ir sem
medo de escolher aonde
Um homem pode ser chamado de inseto

8.5.02

Por fim, o amor, o sorriso e a flor.

É uma, hein!

Agora, veja bem...

Ou não.

Ah, mil coisas...

Sei lá, entende?

6.5.02

Há colunistas de jornal que se deleitam quando não têm assunto. Simples: não ter assunto já é tema para uma coluna. E escrevem justamente sobre a falta de inspiração e motivação, sobre o ócio não-criativo, sobre o nada, enfim. Quando percebem, lá se foram vinte, trinta linhas de palavras ao vento. Não se pode recorrer a isso toda semana, é claro, mas é, sem dúvida, um bom recurso para os dias de crise. Acho que vou acabar aprendendo a lição.

4.5.02

Dando vazão ao meu lado poético – sim, há poesia no mundo dos insetos! –, recomendo-lhes uma visitinha ao site desta moça. Antes ou depois da noitada, você escolhe.

2.5.02

Um dos meus correligionários quis me convencer a aceitar a ajuda de marqueteiros na minha anticampanha à Presidência da República. Afinal, se até o PT entrou nessa...

Acabei sendo convencido a pelo menos conversar com o Nizan Guanaes dos insetos, mas foi uma decepção. O sujeito queria que eu usasse como slogan algo como "Vote certo, acerte na Mosca!".

Isso, jamais! É uma questão de princípios, ora!

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