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31.1.02

Millôr, brilhante como sempre, reflete sobre por que alguém rouba 10 bilhões de dólares.

Eu, se pegasse esses 10 bilhões, sabem o que faria? Compraria estes países por seu valor de PIB, produto interno bruto. Em dólar:

Gâmbia - 408 milhões. Granada - 313 milhões. Guiné-Bissau - 184 milhões. Eritréia - 781 milhões. Andorra - 871 milhões. São Tomé e Príncipe - 38 milhões. Cabo Verde - 499 milhões. Lesoto - 936 milhões. Comoros - 191 milhões. Suriname - 684 milhões. Samos - 181 milhões. Guiana - 661 milhões. Mônaco - 765 milhões. Armênia - 1.728 milhões. Liechtenstein - 714 milhões. Somália - 706 milhões. Groenlândia - 1.112 bilhão.

Eu seria dono de 17 países, 17 santuários, onde poderia me abrigar da sanha de juízes invejosos.
Ah, e ainda me sobrariam 99 milhões de dólares com os quais daria uma mãozinha aos meus irmãos portenhos.


Leia o texto completo, porque vale a pena.

Hoje começa o Fórum Social Mundial.
Será que nosso bravo correspondente em Porto Alegre vai ser o último a dar as primeiras? Pois bem, se você quer notícias de , fique de olho aqui ou aqui.

30.1.02

Vejo que a Joana deixou uma pergunta no ar: de que você acha que vai morrer?

Well... não sei se devo me angustiar com essas questões filosóficas. Afinal, é aquela velha história, a morte é a última coisa que eu quero que me aconteça. De qualquer forma, que seja um fim doce, entre glacê e açúcar. E, uma vez que moscas jamais foram merecedoras de prosaicos rituais fúnebres, dispenso que a mulata sapateie em meu caixão. Um choro vai bem (Pixinguinha, quem sabe). Das velas eu abro mão. Só não pode faltar a fita amarela gravada com o nome dela.

Estou aqui, tresnoitando em pleno delírio com o CD do Pedro Amorim, cortesia da encantadora Meg, que entende de "biscoitos finos". Gosta de chorinho? Recomendo!

Se você me esperou até agora, não perca mais seu tempo. Vá dormir. Eu vou fazer o mesmo.

28.1.02

Direto do túnel do tempo.
Experimente!

27.1.02

Em geral, prefiro não transcrever textos de terceiros na íntegra. Acho mais correto citar um trecho e recomendar que o leitor continue a leitura – caso se interesse – no site de origem. Mas creio que, neste caso, seria impossível editar sem perder a consistência. Transcrevo, pois, o que escreveu o coleguinha Ivson Alves de Sá, que tem sempre reflexões muito lúcidas sobre a nossa imprensa. E recomendo fortemente a quem se interessa pelos bastidores do jornalismo que passe a conferir a coluna semanal dele no site Comunique-se.

Em tempo: você não precisa pagar para ler, mas é necessário preencher um pequeno cadastro – que é indolor, não requer prática, tampouco habilidade. Cumprida a formalidade, clique em Jornal da Imprensa e, em seguida, em Coleguinhas. E aproveite! Além do texto a seguir, tem muito mais coisa boa por lá.

Estudo de caso

Ivson Alves


A primeira semana de cobertura da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, me pareceu muito esquisita, devido à insistência dos meios de comunicação cariocas – em especial a Estrela da Morte – em seguir apenas uma pista, a que ligaria o empresário Sérgio Gomes à morte do prefeito. Não que o cara não deva ser investigado, mas o "samba-de-uma-nota-só" é que me incomodou e por três razões.

Primeiro: quem foi assassinado foi o prefeito, não o tal empresário. Certo, o alvo do seqüestro poderia ser o Sérgio devido às supostas falcatruas. Daí a necessidade de ele ser investigado. O problema é que, nessa linha, ele poderia ser acusado de tráfico de influência, mas não do assassinato do prefeito, que é o crime concreto a ser investigado, correto? "Mas ele poderia ser o mandante", pode você argumentar. Certo - e as tais contradições indicariam isso, embora elas possam também ser muito bem explicadas pelo fato de o cara ter passado por uma pressão muito grande na perseguição que sofreu (aliás, cadê as testemunhas da tal perseguição? Não tem?). Mas neste caso, qual seria o motivo? "O prefeito poder ter tomado atitudes ou atitudes que prejudicassem tanto Sérgio que ele se arriscasse a matá-lo." Muito bem. Quais? Alguém os viu discutindo nos últimos tempos sobre algo ou soube de algum tipo de desavença? Ninguém levantou isso por não ter pensado no assunto ou simplesmente não se conseguiu nada por aí? Caso não se tenha descoberto então por que ter insistido nesta linha? Aliás, as tais denúncias contra o sujeito investigadas pelo MP estadual, hein? Dois anos de investigação e nada... Só umas ligações (êta palavrinha melíflua e polissêmica, hein?) com um empresário que presta serviço à prefeitura por ter vencido uma concorrência para o recolhimento de lixo e, mesmo assim, uma grande divulgação agora (mas não antes do assassinato). Ah, sim... As denúncias foram feitas por um sindicato. A entidade é filiada a alguma central? Qual? Ninguém informou aqui no Rio...

Segundo ponto que me deixou grilado na cobertura. Na terça, dia 22, foi detido em São Paulo Vanildo Rossi Moretti, um desempregado que tinha em seu carro panfletos da tal Força Armadas Revolucionárias Brasileiras. A PF disse que nunca conseguiu comprovar a existência desta Farb, mas deixa o cara ir embora sem nenhum problema. Tudo bem, a PF podia estar seguindo uma linha de investigação dela (parece que estava), mas nós não tínhamos que seguir a PF que nem cachorrinho, né? Então por que repórteres não foram ao prédio invadido no bairro do Ipiranga, onde o cara disse estar morando? Ele deve ter dado o endereço no depoimento e, mesmo no caso absurdo de não o ter feito, não deve ter muitos prédios invadidos mesmo num bairro grande como Ipiranga. Quem é esse cara? Consta que ele foi filiado ao PT e até candidato a vereador no Rio. Então o partido deve ter um ficha dele em algum lugar e o TRE também. Quem são os amigos dele? Por onde ele anda? O prédio foi invadido por quem? Nada disso foi checado e, pelo que se notou, nem sequer foi tentada uma apuração mínima que fosse. Por quê? Por que isso faria crescer a hipótese de crime político?

Quer outra linha de investigação? Bom, o prefeito assassinado iria assinar, na semana passada, um convênio com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República que tornaria Santo André a primeira cidade brasileira a contar com um novo sistema de segurança. Que sistema era esse mesmo? Integrava as informações obtidas pela PF e as conseguidas pela polícia estadual e a prefeitura, era isso? A prefeitura, que tem até um secretário de combate à violência, já tinha algum plano para implementar este convênio? Quem poderia ser mais prejudicado com a implementação dele? Aliás, o prefeito tinha tomado, nos últimos meses, alguma atitude que contrariasse frontalmente algum poderoso local ou estadual? Ou quem sabe alguma máfia, tipo combustível, roubo de cargas ou narcóticos? Por que só investigar a possibilidade de um crime motivado por corrupção?

Bom, a cobertura vai entrar em sua segunda semana. Parece que pelo menos O Globo resolveu, de um lado, politizar (o que não quer dizer partidarizar) a discussão da criminalidade e, de outro, começar a tratar do assassinato de Celso Daniel como outra coisa que não um acerto de contas entre corruptos. Esperemos para ver como vai ficar e como a Estrela da Morte tratará o assunto (se é que vai continuar a dar destaque depois que as suposições de corrupção perderam força). Quem viver verá...


Uma observação: Estrela da Morte, como você deve ter percebido, é a forma carinhosa que o Ivson usa para se referir à Rede Globo.
Outra observação: o Ivson virou blogueiro (YES!) e já está na minha lista de favoritos. Vai !

26.1.02

Não é que os chatos tenham aquele poder especial de telefonar (e alugar o seu ouvido) sempre – sempre! – nos piores momentos. Na verdade, qualquer momento é horrível para aturar um chato. A razão desse papo é uma aberração chamada telemarketing. Quando não estou voando e permaneço em casa durante os chamados dias úteis, é praticamente certo: o telefone toca e vem aquela conversinha que tanto pode ser de uma intimidade forçada ou de uma formalidade risível, mas que inevitavelmente deixa a sensação de que existe um robô do outro lado da linha. O discurso é nitidamente lido – e mal. Até mesmo as deixas para simular um tom mais coloquial, como um "não é mesmo, Sr. Fulano?" ou um "pois então, Sr. Fulano", beiram o ridículo. E os caras, via de regra, engatam uma primeira e não param de falar, a não ser que você dê um basta, passando por mal-educado – quem se importa? – ou, numa opção mais cínica – normalmente minha preferida –, deixe o sujeito falar, falar, falar, falar e, quando ele esgota o texto todinho, arremate: "Não estou interessado".


O problema é que, de uns tempos pra cá, os caras deram para contra-atacar: "Mas qual o motivo?". Como se o produto fosse tão estupendo, tão absolutamente irrecusável, que você – depois de ser abordado sem que lhe pedissem licença e sem que lhe perguntassem se poderiam despejar lixo nos seus ouvidos – ainda teria de explicar as razões de tamanho atrevimento.


Ultimamente, tenho tido contatos imediatos com uma nova modalidade dessa praga. O Unibanco força o cliente a conversar com os funcionários – eles usam o eufemismo consultores, que é mais chique – do Telefone 30 Horas. Você tenta saber o seu saldo pelo serviço automático, mas o sistema impede e transfere a ligação. Tenta de novo, e não adianta. Até que você desiste. Então vem a revelação, naquele idioma típico dos telemarketings: "A razão de o senhor estar sendo insistentemente direcionado para o nosso atendimento é que nós gostaríamos de estar informando que o senhor tem à sua disposição uma linha de crédito pré-aprovada para o senhor estar fazendo isto ou aquilo...". No mês seguinte, a tal linha de crédito pode se transformar em cartão de crédito, seguro, financiamento para compra de filmadora ou coisa que o valha. A tal ponto que, certa vez, eu nem deixei a mocinha simpática iniciar o discurso:


– Pra eu e você não perdermos tempo, deixa eu te dizer que não tenho interesse na linha de crédito.
– O Unibanco agradece a sua ligação. Tenha uma boa tarde!


No fundo, ela devia mesmo estar querendo me chamar de inseto.
Bah! Não tô nem aí!

25.1.02

Opa! Novidade na área!
Parece interessante.

Caros, vamos lá! Hoje é sexta-feira! Vou poupá-los de minhas digressões filosóficas, deixando apenas uma dica de leitura:


"(...) deve estar claro que a rede, e-mail, chats, blogs, aproximam pessoas, criam comunidades, fazem com que a vovó num dos Rio Grandes veja, quase instantaneamente, as estripolias de seus netinhos no outro. Isso e tudo o mais que a gente sabe que acontece entre pessoas conectadas. Todo mundo conhece histórias várias, desde a amiga que casou via TCP/IP até o conhecido que caiu no conto do vigário on-line. Isolados ficam, como sempre estiveram, os que já o eram, naturalmente, e mais uns tantos que só estavam esperando uma cortina para se proteger, pra conversar escondidos, pra soltar seus alter egos. Pra eles, a rede é como o livro, à frente de um alguém, na cadeira de plástico, na praia: esconderijo".


A íntegra desse ótimo artigo do Sílvio Meira está aqui.

24.1.02

Quer dizer então que publicou-se uma porção de bobagens, venderam-se milhões de exemplares, produziram-se capas de revistas, levantaram-se índices de audiência e, agora, o IML afirma que Cássia Eller não estava drogada, sequer alcoolizada?
Com licença, que eu vou lá fora gargalhar um pouquinho.

Só nesta noite já vi o Delfim Netto (te esconjuro!), o Paulo Maluf (pé-de-pato, mangalô, toc-toc-toc!) e o Nabi Abi-Chedid (cruz credo!) dando lições de moral na TV, falando contra a violência e exibindo maquiada indignação. Isso quer dizer o seguinte: a campanha eleitoral está nas ruas.

23.1.02

– Santidade, me permite?
– Sim, meu filho.
– Santidade, vós bem sabeis que sou apenas um repórter atrevido, um zero à esquerda, um joão-ninguém, praticamente um inseto...
– Sim, meu filho.
– Vós bem sabeis que Cristo salva, CTRL+S também e que Deus todo-poderoso tem compaixão de nós, perdoa nossos pecados e nós conduz à vida eterna.
– Amém, meu filho.
– Mas, Santidade, francamente... falar em controle da internet? Quosque tandem abutere patientia nostra? Ajoelhareis no milho e rezareis 3.802 pais-nossos, 8.505 ave-marias e 4.713 salve-rainhas ou ardereis no fogo do ciberinferno!

Não é verdade que eu nunca entevistei o Caymmi, como anda anunciando aos quatro ventos o querido Plima. O problema é falta de química (ou excesso, sei lá). Levei meu gravadorzinho, passei uma tarde em Itapoã, ouvindo o mar de Itapoã, e saí de lá com uma fita inteira mais ou menos assim:


Eu: Bzzzzzzzzzzzzzzz?
Caymmi: Zzzzzzzzzzzzzzz...
Eu: Bzzzzz bzzzzz bzzzzzzzzzzz?
Caymmi: Zzzzzzzzzzzzzzz...


Meu editor não suportou as quase duas horas de palpitantes revelações e jamais publicou a reportagem.

21.1.02

Sabe, não é pelo crime em si. Não é porque se trata, desta vez, de uma figura política importante. Não é pela badalação que, justamente por isso, a mídia faz – e, inegavelmente, nos comove. Eu vôo há tempo suficiente para saber que acontece bem mais e pior nas periferias. Que agora mesmo, em algum lugar, deve estar ocorrendo uma chacina e que cadáveres de pretos, pobres e marginais não costumam render manchetes. Eu sei disso tudo. Mas vocês já pararam para pensar nas evidências que, até aqui, existem? E se for mesmo uma conspiração política, uma trama urdida por – sei lá – um grupo de fanáticos de extrema direita ou coisa que o valha?


E se?

Artigo do Nemo sobre weblogs, no Burburinho. Vale a leitura.

19.1.02

Se você gosta de Elis, ouça.
Se gosta de Aldir, leia.
Se, como eu, você se encanta com os dois, deleite-se:


"Todo o meu amor, toda a minha devoção de fã, de macaco de auditório, para Elis, essa mulher cabralina, que consegue ondular sem que nunca saibamos direito o que nela é mar, o que é canavial — essa mulher cuja voz representa o mais alto ideal poético moderno: ser mil em sua solidão, ser o Outro rimbaudiano, o puro cisne mallarmaico entornando champanhe no soarê ao som de um bolero satânico, no coração da Lapa."


A crônica completa está aqui.

Meg diz que as vírgulas nunca lhe foram simpáticas.
Bem, eu jamais tive problemas com essas plácidas criaturas, mas devo confessar uma certa má vontade com pontos. Às vezes, mal começo uma frase e lá está ele. De cara. Viram só? Duas palavras. E ponto. É isso. Ele quer. Calar-me. Interromper-me. Podar-me. Pronto. Conseguiu.

17.1.02

Fly Corporation
Sim, Cora, você descobriu o braço norte-americano da nossa corporação. Hollywood é o próximo passo!

16.1.02

E nessas horas não entra uma mosquinha jeitosa pela janela...

Noite boa pra ficar em casa, esticar as patas, deixar as asas de molho...

Sei não... tá um vendaval lá fora...

Hummm... acho que vou aí, hein!

E sopa? Tem?

Tem um suco bem gelado?

Tem açúcar aí?

15.1.02

Lembre-se: não coma mosca!
Nunca, jamais, em tempo algum!

Ando citando bastante a vizinhança. Deve ser sinal de falta de assunto.
Sobre o que estávamos falando mesmo, hein?

O inigualável Nemo Nox saiu-se com esta:
"O Cadê?, site com ponto de interrogação, foi vendido para o Yahoo!, site com ponto de exclamação. Haverá um significado poético escondido por trás dessa transação comercial?".
Sei não, Nemo. Estou um pouco reticente...

14.1.02

A querida Cora mandou esta pérola hoje:
"O que é que um ser humano normal pode querer com três câmeras digitais ao mesmo tempo?! Ué – e eu é que vou saber? Pergunte a um ser humano normal."
Pois é. E eu, que nem humano sou, ainda não comprei a primeira. Se mudar de idéia sobre ter três ao mesmo tempo, me avise. Prometo visitar sua lata de lixo. Hehehehe


Em tempo: Gravatá, obrigado.

13.1.02

As coisas têm andado um tanto paradas por aqui. Tá tudo meio às moscas.

10.1.02

Dois dias para conseguir colocar um post no ar. Uau!
Tudo bem, eu só queria avisar que ia ficar ausente por uns dias, mas não sabia que o Blogger ia dar essa forcinha extra. Hehehehe...

8.1.02

Este blog informa, com profundo pesar, que provavelmente estará fora do ar até sexta-feira, para evitar a falência de um órgão vital. Não, não, meu coração vai muito bem, obrigado. Refiro-me à conta bancária. Infelizmente tenho de abdicar desses momentos de prazer aqui vividos para cumprir (ou tentar) alguns prazos profissionais. É aquela velha história de ganhar o pão (doce, de preferência) com o suor do próprio vôo.


Mas quem sabe eu sinto aquela compulsão irresistível e acabo dando uma escapadinha...

7.1.02

Um brinde à recuperação da minha mais nova velha amiga!
Ela voltou a blogar, o que já é um belíssimo sinal.
Saúde, querida! E beijozzzzzz!

6.1.02

Meus valorosos colegas cearenses têm se esforçado ao máximo para cumprir o dever profissional de acompanhar os momentos idílicos de Paulo e Cláudia em Fortaleza. Os coleguinhas até que vêm fazendo um bom trabalho. O diabo é a quantidade diária de tentações – praia, petiscos, cerveja e detritos resultantes. Sei não, mas acho melhor acionar a sucursal de Caras.

5.1.02

Sim, é claro que não estou mais dormindo. Mas estou de folga, caramba!
Por que você também não vai pegar um cineminha, hein?
Este repórter retorna amanhã – ou a qualquer momento, em edição extraordinária.

Mosca hiberna? Sei não, mas acho que eu tô precisando.
Se vocês não se incomodam, vou bater um papinho com Morfeu. Coisa rápida, só umas doze horinhas básicas.
Quem se incomodar pode escrever pra mim. Prometo ler quando acordar, tá bem?
Beijinhozzzzzz.


PS sonolento: Ei, Meg, você não volta, não?

3.1.02

Pois é, queridos, hoje troquei Raulzito por Paulinho da Viola e estou em clima de Sinal Fechado. Sabem como é? “Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios...”
Então vamos combinar assim: eu adoraria ficar com vocês, mas “outro valor mais alto se alevanta”. Xi, agora já é Camões! Deixem-me sair de fininho, antes que eu comece a recitar sonetos inteiros.
Voei!

2.1.02

E aí você você inicia o post sem saber sobre o quê. E percebe que as letras cobrem o fundo branco, e fica feliz. E nota que no princípio não era o verbo, mas a conjunção aditiva. E cria sujeitos com predicados, e vê que pode ser bom. Ou não. E faz a conjunção alternativa. E concebe orações principais e subordinadas, e espanta-se. E inventa a interjeição. E decide que alguns sujeitos serão indeterminados e outros, ocultos. E na sétima linha, satisfeito, descansa em paz.

1.1.02

Aquelas luzes todas, tanta gente nas ruas em Copacabana, uma agitação sem fim... francamente, nada disso me seduz. Mas eu estava lá, por dever de ofício, driblando morteiros, rojões e chuvas de prata. Cheguei em casa cansado, com as asas chamuscadas, as patas doloridas e a visão turva pela profusão... pela profusão... bem, eu queria usar pletora, sempre quis usar essa palavra, mas achei que ia ficar pedante demais. Enfim, eu dizia: a visão turva pela profusão de cores. E – ah, sim – abraçado a uma garrafinha de champanhe, que ninguém é de ferro.


Tim-tim!

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