21.12.03
Este blog estará fora do ar nos próximos dias porque moscas também são filhas de Deus e merecem conhecer novos ares. Não, não terei acesso à internet e já estou com Síndrome de Abstinência (acho que vou "encher a cara" de Detefon!).
Entonces, só resta-me deixá-los com abraços fraternos. Bom Natal pra todos! ;-)
16.12.03
13.12.03
Agora, na área de links, ali ao lado, temos ligação direta para o Imagens e palavras. Se você gosta de literatura, vale a visita.
12.12.03
"Ao final da primeira fase da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, em Genebra, Suíça, o que era expectativa de frustração transformou-se em esperança. Não houve, da parte dos governos, nenhum compromisso efetivo com a superação da brecha digital. Por outro lado, a intensa mobilização das organizações da sociedade civil resultou em um documento que sintetiza propostas e visões para uma sociedade que integre as tecnologias de informação e comunicação às necessidades humanas, direcionando as atenções para a próxima e decisiva etapa: Túnis, em 2005."
Mais aqui.
Chego para trabalhar com um livro debaixo do braço. Ainda aguardo o elevador quando o rapaz da portaria, cristão fervoroso, se dirige a mim:
– Você gosta de ler? Eu: “Gosto, sim”.
– Depois, se quiser, dá uma olhada nos livros que eu tenho aqui.
Claro, claro, você fica aí o dia todo, não é? Depois eu vejo se alguma coisa me interessa, não se preocupe.
– O que você gosta de ler?
Ai, meu Deus! Perguntinha infame... ora, eu gosto de livros que prestem, sei lá de que tipo!
– Ah, eu leio qualquer coisa...
– Eu tenho um livro muito bom aqui – e abaixou-se para pegar uma sacola grande, provavelmente cheia deles. “Os mistérios do Apocalipse”! Código de barras, informação, fibra ótica...
Emudeci. O elevador chegou (salvo pelo gongo!). Dei um sorriso amarelo, uma desculpa idiota e subi.
Se ele descobre que onde eu trabalho a gente lida justamente com tecnologia e informação, vai achar que funciona no prédio a própria sucursal do inferno.
10.12.03
"Apesar do histórico de controvérsias, avanços e retrocessos que marcaram o processo preparatório para a Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação desde novembro de 2002, na cerimônia de abertura os discursos praticamente convergiram: com exceção do representante do setor privado, que defendeu a proteção aos direitos de propriedade intelectual e a liberdade para a competitividade, os demais ressaltaram valores como a solidariedade, a defesa da democracia, da justiça e eqüidade, o direito à informação e à livre expressão."
Tem mais no Oppi.
6.12.03
4.12.03
O Observatório de Políticas Públicas de Infoinclusão - Oppi, para os mais chegados - está no ar.
1.12.03
"Em 1996, Cláudio Santos de Souza teve o diagnóstico: era portador do vírus HIV. No mesmo dia em que recebeu a notícia, perdeu o emprego e foi despejado."
A história completa, aqui.
A coleguinha Viviane Gomes diz que meu "primo distante" (beeeeem distante), o Aedes, precisa ser exterminado e manda esta singela contribuição sobre a campanha contra a dengue. Contribuição, aliás, que publico com algum atraso, já que a campanha do Dia D foi realizada neste sábado. Mas, ora, eu tenho um álibi: estava justamente ocupado tentando me livrar desse velho desafeto.
Blim-blom. Toca a campainha de casa. Quem será a esta hora? Sábado, onze da manhã, shortinho, computador ligado, óculos no rosto, descabelada, recém-acordada. Definitivamente, esse não era um bom momento para abrir a porta. Olho mágico... sei lá, né? Desconhecido. Hummmm... abro ou não abro? Voz masculina do outro lado da porta:
– Combate à dengue!
Ah, ufa! Vixe, isso funciona mesmo! Que bom!
Pediu licença. Entrou. Perguntou onde estavam os vasos de plantas.
– Este aqui.
Olhou. Levantou o vaso. Olhou o prato, que estava sequinho. Hummm... impressionei.
– Posso ver este aqui?
– Sim, claro - disse.
Outro sequinho. Pensei: “Mais um pontinho. Êba!”.
– Posso olhar os ralos?
– Sim, claro. Por aqui, por favor.
Fechados. Hehehe. Aqui o mosquito da dengue não entra.
– O último rapaz que veio aqui deixou um cartão?
– Foi há muito tempo. Não sei onde está.
Isso não foi bom. Menos um ponto. Descuidada.
– Não tem problema. Faço outro.
– Muito obrigada, disse enquanto ele colava outro cartão na porta. Pensei: oba, assim não vou perder.
– A senhora pode me dar um copo d'água?
– Claro! Vou buscar.
– Glub, glub...
– Quer mais?
– Não, obrigado. Tenha um bom dia.
– Bom dia para o senhor também e bom trabalho. Passei no teste?
– Hã? Ah, sim. Passou, sim.
Sorriu e foi.
O homem saiu para continuar seu trabalho na área livre do condomínio. Janela baixa, térrea, pude ouvir:
– Essa lixeira pode trazer problemas. Ela não está com tampa.
O homem falava com o síndico.
– Mas ela tem tampa. Sabe, é daquelas em que o buraco fica recuado e tem os cantos arredondados. A água escorre e não entra - argumentou o síndico.
Não teve jeito. O homem disse:
– Ela está sem tampa. É perigoso, sim, senhor. Não adianta as pessoas cuidarem do foco do mosquito em casa, se o condomínio não oferece a mesma segurança.
Balançou a cabeça negativamente e condenou:
– Lugar perigoso.
Eu, cabisbaixa, tive de concordar.