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28.2.02

Que dureza, meus amigos! Dez da noite e o expediente ainda nem começou.
Que a prima tsé-tsé não me apareça por aqui hoje!

Eu tinha prometido a mim mesmo que não daria nem mais uma palavra sobre esses... como é mesmo o nome em português? Ah, sim: reality shows. E não dou mesmo. Afinal, pra quê? Acabei de vir lá do Fel, e a Carla diz tudo que precisa ser dito. Então ficamos combinados assim: o que ela escreveu eu assino embaixo.

26.2.02

Os comentários estão de volta.

Mas sério, agora: às vezes eu mesmo me imagino um cadáver insepulto (papo macabro, não?). Sabe como é, nesses tempos de Aedes, quem tem asas e não é passarinho acaba sendo vítima de todo tipo de agressões. E eu mesmo ando voando meio de lado, dando uns rasantes perigosos, arriscando demais. Deve ser fastio, latência... ou, quem sabe, a irracionalidade que me é própria.


Enfim, se você não entendeu nada, melhor deixar pra lá.

Ainda sobre o falecido: talvez seja mais prudente esperar até o terceiro dia.

25.2.02

Se você gosta de música e de gente, clique para conhecer o Projeto Villa-Lobinhos.

Não se lhe pode negar a coerência. Mas é uma pena. Ou apenas uma viagem.
Rest in pieces!

24.2.02

Sumi, não é? Acho que levei a sério demais o último post.
Olha, hoje não tem. Ou melhor: tem, sim, mas acabou.

23.2.02

Alguém veio aqui procurando Papai Noel. Papai Noel, vejam só!
Se às vezes nem sei se eu mesmo existo...

22.2.02

Não, não temos tiradas geniais. Não trabalhamos com secos e molhados. Não fazemos qualquer negócio. Não aceitamos o seu usado em troca. Não estamos à procura, embora às vezes a gente ache.
Sim, somos humanamente medíocres.
E, por favor, não use repelente neste recinto.

Obrigado.
A gerência.

21.2.02

Ah, eu e minha filosofia barata de botequim! Preciso parar de tomar banho em copos de tequila. Arriba!

É complicado, eu sei. Muitos vêm na contramão, outros param no meio da pista, tem gente que sai pelo acostamento. Mas ainda não inventaram caminho melhor, acreditem em mim.

O sentido da vida? Por que não para a frente?

20.2.02

Olhem só o que saiu hoje na coluna do Ancelmo Góis, em O Globo:

O Aedes aegypti não livrou a cara nem de um “inseto”. O músico Moska (ex-Paulinho) está de molho, na casa da mãe, com dengue. Cancelou todos os compromissos da semana e foi receber os cuidados necessários à boa recuperação.

Acho que vou botar minhas asas de molho...

19.2.02

Cruzes!
Apareceu aqui um post que deveria ter sido publicado no Comverso!
Será que vou acabar descobrindo que mosca tem esclerose?

Ei! Parabénzzzzzzzzzzzzz!

Carol, você conseguiu me dar um gás pra eu voltar até aqui. Muito obrigado meeeeesmo! É que não sei se é melhor voar bem alto ou aposentar as asas e virar apenas, quem sabe, uma formiguinha.

Ah, metáforas, metáforas...

Tédio...

18.2.02

Às vezes tenho vontade de radicalizar, mudar tudo. Você não?

16.2.02

Cora, absolutamente certa: "O jornalismo online deveria ser mais leve, mais ágil. Ele permite (ou deveria permitir) maior grau de experimentalismo, assim como uma maior interferência de quem o faz no produto final; não muito diferente de... sim, vocês adivinharam... um blog! Entre outras coisas porque, a meu ver, o público começa a não acreditar mais em corporações ou em empresas de comunicação; mas acredita (ou não) em pessoas, em indivíduos. Quanto mais presentes e responsáveis forem estes indivíduos pelas informações que transmitem, maior credibilidade terá o veículo, como um todo."

Tem mais aqui.

15.2.02

Pelos vagalhões do piscinão de Ramos! Pelas varejeiras do lixão de Gramacho! Me deixem em paz!
Passei o dia de hoje livrando-me de tapas, chineladas, jatos d'água, toalhadas e outros mecanismos beligerantes. Preço da fama? Nada disso! Epidemia de dengue! De uma vez por todas: eu não sou um Aedes aegypti, caramba!

14.2.02

Eh, mundão! Tô de volta!

Confesso: eu atravessei uma Av. Antônio Carlos Magalhães. Mas não me viciei, e estou disposto a pagar por isso.

Diálogo comum em Ilhéus:
– Eu quero um guaraná, por favor.
– Kwat, Pepsi ou Sprite?
– ??????

Onde não havia um trio elétrico, havia caixas de som enormes. Onde não despontavam as caixas de som, automóveis alardeavam as preferências musicais de seus motoristas em volume máximo. Onde os carros não marcavam presença, bicicletas e até modestas carrocinhas de vendedores ambulantes emulavam trios elétricos com seus alto-falantes chiquititos-pero-cumplidores.
Sorria! Você está na Bahia!

Embora eu tenha tentado não me lembrar, a trilha sonora típica funcionava a todo vapor para me alertar incessantemente: é Carnaval e você está na Bahia. Em toda parte, potentes caixas de som reproduziam os mais recentes (e os nem tanto) sucessos de Harmonia-Tchan-Chiclete-Mel-Ivete-Cheiro-Mercury. O movimento é sexy, mas isto aqui é bomba.

Nada de televisão, nada de rádio...
Infelizmente, nada de internet também, mas tudo tem seu preço, o que se há de fazer?

Cá estou, voltando do meu retiro espiritual. Dei um tempo em minhas próprias asas, tomei lugar no dorso de um beija-flor e parti em busca de tranqüilidade à beira-mar. O mundo parou, eu desci. Não me perguntem, por favor, o que aconteceu na minha ausência.

8.2.02

Durante os festejos de Momo, este repórter estará em profundo recolhimento, dedicado inteiramente a sessões de energização, conforme os sacrossantos ensinamentos da Grande Mosca, mãe espiritual de todos nós. Volto na quinta. E, por favor, anotem meu novo e-mail: reportermosca@bol.com.br.

Bom Carnaval para todos!

7.2.02

Ontem escrevi sobre meu pessismo em relação ao ser humano. Hoje, por coincidência, chegou-me um texto exemplar sobre isso. Ou, talvez, sobre as tais exceções. Aqui vai um trecho significativo:

Cena 1:
Supermercado da rede S. Uma grande cidade. Um menino. Uma fila de consumidores. Um caderno e uma caixa de ovos. Um olhar.
Há dias venho me questionando sobre escrever acerca do uso pouco criativo do escritor e visionário George Orwell (1903/1950), autor do romance 1984, na televisão e na vida de todos nós. O Grande Irmão (big brother) naturalizou-se e foi naturalizado. Mais uma vez a sociedade do espetáculo nos domina. Mais uma vez não olharemos para outro monitor além da telinha que nos seduz. O mundo é do Fórum Econômico ou do Mundial e Social? Ou é apenas Global?

Eis que estou numa fila de consumidores, dentro de um supermercado, obedientemente empurando meu carrinho de compras, poucas. Olho em volta e tudo é estímulo para o consumo. Lá fora a violência explícita. Passa um garoto, sandálias e calças curtas, olhar vago e pedinte, visivelmente pobre, visivelmente excluído. Ele traz nas mãos: um (01) caderno espiral, desses de 200 folhas e uma (01) caixa de ovos tipo extra grande. Ele passa e pede para os membros das filas:

– Moço(a), paga pra mim essas coisas...

Todos olham, ele passa, o supermercado está lotado. Já naturalizamos também nossa permanência em filas (banco, INSS, correios etc.). Ele se afasta. Em seguida, abandona o caderno numa prateleira de papel higiênico, continuando sua peregrinação suplicante. Apenas nos entreolhamos.

Cena 2:

Eis que surge a pérola (...): uma mulher, negra como eu, também excluída, mas que não se deu conta ainda dessa condição, olha pra algumas pessoas e justifica:

– Se ele tivesse apenas pedido os ovos, eu até pagaria...

Cena 3: Lá fora, um outdoor anuncia uma chamada da Intel e seu Pentium 4: “Invista no seu filho! Pode render um gênio”. Lá está: uma menina, um computador e o rosto de Einstein. Me autorizo, então, a compartilhar com todos as minhas indagações. Qual é a nossa dívida com estes meninos e meninas da vida? Eu também não paguei o caderno que o menino(a) trazia nas mãos. Eu também não retruquei à senhora que falou sobre a escolha, e, mais ainda, não me indignei, naquela hora, com toda essa situação. Por quê? Quem sabe porque não tinha uma câmera me gravando para passar para todo o país. Não me sentia naquele instante tão global, ou minimamente solidário. Era mais um na fila. Era apenas mais uma cena local. Isolada. Triste e repetitiva. Ou seja, natural, comum e rotineira. Meninos e meninas com fome de quê? Eram 22 (vinte e duas) horas e o supermercado Brasil estava fechando para que os telespectadores da vida pudessem assistir ao Big Brother em dobro. Um último olhar me lembra: sorria, você está sendo filmado.

Estamos, enfim, seguros e vigiados.


O autor chama-se Jorge Márcio Pereira de Andrade, responsável pela organização não-governamental DefNet, que trabalha pela inclusão social de pessoas com deficiência.

6.2.02

Eu não pretendia falar sobre aquela estupidez chamada Big Brother Brasil (very brazilian, isn't it?) e seus congêneres, mas não resisto. Cá entre nós, existe algo mais representativo da decadência humana do que aquilo? Eu sei que um inseto é suspeitíssimo para afirmar uma coisa dessas, mas o ser humano, embora seja um projeto com um potencial extraordinário, definitivamente (e com raras exceções) não deu certo.

5.2.02

Parece que um dos meus sites preferidos, o no., subiu mesmo no telhado. O Ivson publicou há pouco, lá no Picadinho Diário:

Manoel Francisco (Kiko) Nascimento Brito e Marcos Sá Corrêa pediram demissão hoje e devem ser seguidos pelo siamês Flávio Pinheiro e ainda Mário Sérgio Conti e Xico Vargas.

4.2.02

Da série "Reflexões oportunas sobre o jornalismo".

Comunicação, contra-informação, verdades e mentiras

Num mundo em transformação, qual é o preço da verdade? A comunicação é hoje indústria de ponta das mais rentáveis, poderosa e capaz de influenciar políticas, relações e destinos. A ameaça da ditadura de mercado no campo da comunicação, sua mercantilização, a concentração do poder nas mãos de pouquíssimas empresas e os caminhos necessários para consolidar a comunicação como um direito humano foram alguns dos temas centrais da conferência deste domingo, no eixo “A afirmação da sociedade civil nos espaços públicos".

Anriette Esterhuysen, da APC (Associação para o Progresso das Comunicações), animou o debate, deixando transparecer por diversas vezes sua expectativa por ações concretas. “Devemos identificar alternativas e também identificar os atores para implementar estas alternativas no momento em que sairmos daqui. É importante levarmos não apenas reflexões, mas a identificação de processos que devemos implementar”, afirma.

Osvaldo León, da Agência Latino-Americana de Informação, afirmou que o Fórum Social Mundial é um espaço onde deve ser articulada uma agenda social da comunicação, uma vez que esta é uma problemática de cidadania e democracia. Osvaldo lembrou que atualmente, no campo da Comunicação, o que conta é a lucratividade e não o interesse público. Osvaldo ressaltou a importância das múltiplas iniciativas da sociedade civil para assegurar o acesso democrático aos meios de comunicação e seu uso efetivo. Para ele, este não é um assunto que deve ficar restrito aos profissionais de comunicação, mas deve, sim, envolver diversos atores preocupados em garantir que a comunicação seja tratada como um direito básico e necessário para o exercício de outros direitos humanos. León citou o exemplo da campanha CRIS, lançada há dois dias neste Fórum, por uma plataforma de ONGs de diversos países, para garantir a participação da sociedade civil no World Summit on Information Society – evento organizado pela ONU que será realizado em Genebra, em 2003

O mecanismo informativo que conhecemos hoje se dirige a eventos, sem a perspectiva dos processos que são o pano de fundo dos eventos. Para Roberto Savio, da IPS, isto se explica quando entendemos qual é o grande motor da mídia: o lucro. Os eventos vendem. Os processos, não. “O verdadeiro problema quanto ao debate sobre a comunicação é que se trata de uma oposição entre os valores de mercado e os valores humanos. No dia em que descobrirem que a solidariedade e a equidade vendem jornal, as corporações não hesitarão em incorporar estes temas a suas pautas”, diz Sávio

O jornalista lembrou a importância da internet ao afirmar que “devemos criar um mundo diferente, usando a comunicação e a tecnologia. Por exemplo, sem internet o Fórum Social Mundial não seria possível. Nosso papel como sociedade civil é utilizar a internet de maneira clara, participativa e identificada. Os temas globais – direitos humanos, dívida, pobreza – não saem no jornal porque não vendem. É sobre estes mesmos temas que as pessoas estão se agrupando – na internet".

Sávio enaltece a importância do site do Fórum Social Mundial como fonte de informações e para a continuidade dos debates propostos em Porto Alegre, já num processo preparatório para 2003.

Ignácio Ramonet, editor do Le Monde Diplomatique, levantou aplausos do público diversas vezes. Contundente, Ramonet compara os jornais aos filmes de Walt Disney e afirma que as notícias que vendem devem ter as mesmas características de qualquer outro produto da cultura de massas: devem ser curtas, numa linguagem elementar e trazer uma mensagem patética – fazer rir ou chorar. A disponibilização de conteúdo gratuito – rádio, TV, internet e algumas mídias impressas – parece contraditória numa lógica que visa ao lucro, mas não é. O editor explica: “Empresas de informação não vendem notícias para os cidadãos; vendem consumidores para seus anunciantes”.

(Inevitável o questionamento: quanto será que eu estou custando?)

Ramonet continuou disparando, denunciando o discurso esquizofrênico da mídia do Hemisfério Norte sobre a vida cá no Sul. De céu a inferno, o Sul é retratado segundo a oferta da vez: ora a viagem paradisíaca, ora o embasbacamento diante de tantas catástrofes e genocídios que varrem nossas bandas.

A construção de verdades e mentiras pelos meios de comunicação também foi alvo do jornalista, que afirma a importância da contra-informação, desde que elaborada com rigor para evitar uma guerra de mentiras e rumores. “Não é tão fácil fazer contra-informação” – diz ele – “não bastam boas idéias. A única maneira de destruir a má informação é defender a verdade. Com a verdade, venceremos".

Ignácio Ramonet encerrou sua fala defendendo uma “ecologia da informação”. “Assim, como o meio ambiente, a comunicação é um meio totalmente contaminado”. Ramonet chama para uma tomada de consciência: a informação não é um reflexo natural do que acontece no mundo, mas é um projeto deliberado de dominação, que criou um mundo em que devemos acreditar.

por Graciela Selaimen


Isto veio de . E você encontra mais aqui.

3.2.02

Recesso total. Hoje nem dei as caras por aqui. Ou melhor: acabei de aparecer. Mas já estou saindo. Até amanhã!

2.2.02

Mas o que está me fazendo rir até agora é o texto que a Cora postou hoje, sobre as, digamos, novidades na economia argentina. Nada sério, já adianto. Se você tem bom humor, divirta-se! Começa assim:

Depois de abandonar a idéia de criar uma unidade monetária chamada Argentino, os técnicos argentinos finalmente encontraram uma saída para a crise. Está criada a "Moneda de Integración Económica de la Republica Democrática Argentina".

O quê? Não parece nada de mais? Então repare na palavra formada pelas iniciais da nova moeda e depois leia o resto . Minha amiga Selma, eu tenho certeza, vai adorar. Não é, Meg?


Spamus erectus

Vejam só o que acaba de chegar à minha caixa postal!
From: Viagra9520@eudoramail.com
Subject: Make This Valentine's Day Unforgettable


Não sei se rio ou choro. Hehehehehe

O ócio produz coisas terríveis. No ócio se perdem as idéias. É um buraco negro, é antimatéria. O ócio é cínico, cíclico, sibilante e dissimulado – e em si sugere aliterações infindas. Ficamos, pois, a brincar com palavras, a revelar o tempo em tons de magenta, a assemelhar lembranças e quereres.

Definitivamente, o ócio nos torna líricos sem talento.

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